quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Quando eu morrer, não quero choro nem velas.....

Voltamos de uma caminhada, eu e o Paulo. Caminhamos desde o Alto do Parque, onde moramos, até o cemitério do Florestal.Calma, não morreu ninguém conhecido.Fui pagar a anuidade! Estava atrasada, desde outurbro de 2009. Tinha colocado o boleto no fundo da gaveta, me esqueci.Não é prá mim,não. É a sepultura do meu pai.A moça responsável pela cobrança me ligou.Foi muito responsável mesmo, pois se eu não tivesse pago hoje até as 17 horas, seria publicado no jornal da cidade. Aluguel de sepultura. Justo o aluguel , mas não é certo depois de mortos ficarmos ocupando espaço e poluindo esse planeta tão sofrido. Eu quero ser cremada e já deixei o aviso: Atirem minhas cinzas no Rio Taquari. Depois façam uma festa cheia de música e cantoria em minha homenagem! Eu vou ficar de olho, podem ter certeza!
Brincadeiras a parte, mas até isso a gente começa a pensar com uma certa regularidade depois dos cinquenta. Faz parte da vida, independente da idade,mas é sempre bom decidirmos isso antes e falarmos para os nossos parentes, amigos, namorados, maridos, amantes...
Além de ser cremado o meu corpo, antes quero que doem os meus orgãos, todos que forem possíveis. Fico feliz só em pensar que alguém terá a oportunidade de continuar vivendo com partes dele.Isto é fantástico!
Eu estarei feliz em outro plano, não precisarei mais dele.

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